Importação de energia pode evitar alta em taxa extra da conta de luz!

por Antonio Daniel da Silva publicado 19/09/2017 13h32, última modificação 19/09/2017 13h32
Governo discute nesta terça aumento na transferência de energia da Argentina e do Uruguai para o Brasil. Medida se deve à falta de chuvas e consequente queda no nível das represas de hidrelétricas.

O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) se reúne nesta terça-feira (19) e pode autorizar o aumento no volume de energia importada pelo Brasil para preservar os reservatórios de hidrelétricas do país, que estão baixos devido à falta de chuva.

Na reunião, será discutido o aumento da importação de energia elétrica do Uruguai e o início da importação da Argentina. Segundo o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino, a medida pode reduzir as chances de aumento na cobrança extra da bandeira tarifária nos próximos meses.

Neste mês de setembro, está em vigor a bandeira tarifária amarela, que implica na cobrança extra de R$ 2 para cada 100 kWh de energia consumidos. Com a falta de chuvas, porém, existe a chance de que a bandeira volte para vermela e atinja inclusive o patamar dois dessa cor, o que elevaria a cobraça extra para R$ 3,50 para cada 100 kWh.

Segundo Rufino, os dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) indicam que o custo de geração está mais alto, o que pode levar ao acionamento da bandeira vermelha.

Rufino afirmou que acredita que na reunião desta terça o CMSE decida por um mix de solução para preservar o nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas, como a importação de energia, o acionamento de mais térmicas e campanhas para reduzir o consumo de energia elétrica.

Ele afirmou, porém, que apesar dos cuidados que estão sendo adotados não há risco de faltar energia no Brasil.

"Quero deixar claro que não há risco de desabastecimento, o que há é um acompanhamento das condições meteorológicas", afirmou o diretor. Ele comentou, entretanto, que as previsões de chuvas para as áreas dos reservatórios de hidrelétricas não são favoráveis.

 

Publicado em G1, por site g1.com