Pacote Econômico e Fiscal do RN é discutido em audiência na Assembleia Legislativa.

por Antonio Daniel da Silva publicado 22/03/2017 10h29, última modificação 22/03/2017 10h29

Mudanças na estrutura econômica, previdenciária e fiscal do Rio Grande do Norte foram o tema principal de discussão na tarde desta terça-feira (21), na Assembleia Legislativa. Por iniciativa do deputado Fernando Mineiro (PT), servidores, representantes do Fórum Estadual dos Servidores e do Instituto da Previdência do RN participaram de audiência pública na Casa. Todos criticaram a proposta do Executivo.

As propostas em discussão tratam sobre o aumento da contribuição previdenciária dos servidores de 11% para 14% e a não devolução dos recursos do Fundo Previdenciário, enquanto o outro projeto limita pelos próximos 20 anos os gastos do Legislativo, Judiciário Executivo e os órgãos da Administração Direta e Indireta.

Para Mineiro, as propostas estão equivocadas e prejudicam diretamente os servidores. No entendimento do parlamentar, é preciso que se escute a opinião dos funcionários públicos e se explique o porquê das propostas.

“Não foi realizado nenhum cálculo atuarial que justifique o aumento da contribuição dos servidores. O Governo usou e usa os recursos do Fundo Previdenciário, mas agora quer jogar a conta nas costas do funcionalismo público”, disse o deputado.

O posicionamento do deputado é semelhante ao do assessor jurídico do Ipern, Nereu Linhares. No entendimento dele, a única justificativa para a mudança da alíquota referente á previdência é que os valores atuais arrecadados não são suficientes para pagar os benefícios. Para Linhares, falta uma explicação mais robusta para a mudança.

“A mensagem não tem nenhuma informação técnica, nenhuma justificativa mais lógica”, criticou.

Também presente à audiência, o representante do Fórum dos Servidores Estaduais, Carlos Brandão, criticou a forma como são divididos os recursos públicos. Com base nisso, ele defendeu uma revisão nos valores repassados para os demais poderes e também para as autarquias com autonomia financeira. Brandão acredita que o congelamento nos valores traria sérios problemas para a otimização dos gastos públicos.

 

Publicado em Política em foco, por Blog Política em Foco