Apesar de investigado, presidente do TCU é reconduzido ao cargo.

por Antonio Daniel da Silva publicado 03/12/2015 10h15, última modificação 03/12/2015 10h15

Apesar de estar na mira de uma sindicância interna e de ser citados nas investigações da Operação Lava-Jato, o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Aroldo Cedraz, foi reeleito por unanimidade nesta quarta-feira, 2, após votação dos nove ministros titulares. Entidades de classe e da sociedade civil se manifestaram contra a recondução do ministro ao cargo. O vice-presidente, Raimundo Carreiro – suspeito de irregularidades relacionadas à autorização da obra bilionária de Angra 3, da qual foi relator, também teve o mandato renovado por mais um ano.

Além de entidades como o Contas Abertas, o anúncio frustrou o Ministério Público de Contas (MPC) e auditores do TCU, que fizeram forte campanha nas redes sociais para que outro ministro assumissem os cargos, frente às denúncias que desgastam a corte. Dezenas de servidores presentes à sessão deixaram o plenário e membros da sociedade civil viraram de costas para os ministros, em protesto. Às 17h, eles ainda estavam reunidos para debater a eleição, uma situação considerada atípica para os padrões do tribunal.

 

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