Após impasse com Cunha, análise de vetos pode ocorrer na terça-feira!
Depois de um impasse envolvendo o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na última semana, o Congresso Nacional tem marcada para a próxima terça-feira (6) uma nova sessão para analisar vetos a pautas-bomba. O mais polêmico deles é o que barra o reajuste de até 78% aos servidores do Judiciário.
Na última semana, o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), havia convocado uma sessão conjunta (deputados e senadores) para a manhã de quarta-feira (30), mas Cunha marcou reuniões seguidas da Câmara e impediu a realização da sessão do Congresso. Tanto as sessões dos deputados quanto as reuniões conjuntas ocorrem no plenário da Câmara dos Deputados.
Cunha pressionava para que um veto da presidente Dilma Rousseff que proíbe a doação de empresas a partidos políticos fosse incluído na pauta da sessão do Congresso. A lei sobre a reforma política foi sancionada com vetos na semana passada, após pressão da Câmara. Para ter validade para 2016, entretanto, o veto teria de ser derrubado até 2 de outubro – um ano antes das eleições do próximo ano.
Renan Calheiros, entretanto, argumentou na semana passada que o item não poderia ser colocado em pauta porque, segundo regra do Legislativo, os vetos só podem entrar em votação 30 dias após serem enviados ao Congresso.
'Capricho'
Sem fazer menção direta a Cunha, Renan Calheiros criticou na última semana a manobra de Cunha dizendo que a política não pode ter “caprichos acima dos interesses do país". Em seguida, Cunha negou que tenha agido por "capricho" ao conduzir uma manobra para inviabilizar a sessão do Congresso marcada para a quarta-feira e disse que quem agiu por capricho foram os senadores ao aprovarem o reajuste para os servidores do Judiciário.
Nesta sexta-feira (2), Cunha afirmou que, nesta semana, a questão do veto ao financiamento privado “está fora do contexto”, já que só valeria se fosse derrubado até 2 de outubro. Ele disse que a sessão marcada por Renan será realizada, mas ponderou que pode não haver quórum. “Não sei se vai ter quórum terça, 11h30. Não é hora e dia apropriado para ter quórum relevante”, afirmou Cunha.
Publicado em G1, por Blog G1.com