Centrais pedem a Temer que reforma trabalhista não tramite em regime de urgência.

por Antonio Daniel da Silva publicado 18/01/2017 11h10, última modificação 18/01/2017 11h10

Considerando a necessidade de se debater profundamente a reforma trabalhista, seis centrais sindicais brasileiras apresentaram ontem ao presidente Michel Temer um pedido para que o projeto que trata do tema no Congresso Nacional não tramite em regime de urgência. O presidente da Força Sindical, deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), reuniu-se nesta tarde com Temer para entregar um documento com o pedido.

De acordo com Paulinho, o presidente vê com “bons olhos” a proposta. O objetivo, disse o parlamentar, é discutir uma reforma de cada vez, já que a previdenciária é tida como prioridade número um do Palácio do Planalto. Antes de encaminhar a reforma trabalhista, o governo tinha se comprometido a pedir pedido de urgência para análise da proposta, o que ainda não ocorreu. De acordo com a Constituição Federal, o presidente da República pode solicitar que projetos de sua autoria sejam acelerados de forma a trancar a pauta da Câmara depois de 45 dias que o pedido for feito.

“O governo de vossa Excelência enviou um pacote de propostas de reforma da legislação trabalhista, versando sobre temas que refletem consideravelmente nas condiões de vida e trabalho de milhões de trabalhadores brasileiros, na negociação coletiva, na economia e nas alternativas de desenvolvimento nacional”, escrevem os presidentes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, da União Geral dos Trabalhadores (UGT), da Central dos Sindicatos Brasileiros e da Nova Central Sindical de Trabalhadores, além do próprio Paulinho, pela Força Sindical.

De acordo com o pedido, os sindicatos consideram “fundamental” a promoção de um “amplo e democrático processo de debate e negociação” com os trabalhadores, o governo, os parlamentares e todo o conjunto da sociedade.

Enviado pelo governo federal na penúltima semana do ano passado, o projeto de lei 6787/2016 altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) para estabelecer que os acordos e convenções assinadas com empresas e sindicatos dos trabalhadores terão força de lei e se sobreporão à legislação atual.

 


Publicado em Política em foco, por Blog Política em Foco