Conta de luz deve baixar com o desligamento de usinas térmicas e mudança para a bandeira amarela.

por Antonio Daniel da Silva publicado 04/02/2016 10h10, última modificação 04/02/2016 10h10

O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) determinou o desligamento de usinas térmicas que, juntas, geram até 2 mil megawatts de energia, a partir de 1.º de março. No total, serão desligados sete empreendimentos térmicos.
 

“Com preços de geração (CVU) superiores a R$ 420 por megawatt-hora, a economia com o desligamento dessas usinas deve ser superior a R$ 7 bilhões”, calculou o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga. Ele ainda afirmou que com a decisão, a bandeira vermelha, que vigora desde janeiro do ano passado, será substituída pela amarela. E, mantidas as condições climáticas, existe possibilidade de chegar a verde em abril.
 
“Estamos entrando em novo ciclo, com viés de baixa no custo de geração e tarifa para consumidor”, afirmou. Segundo Braga, somando o desligamento das térmicas em agosto do ano passado com as de agora, mais a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) 30% menor que a de 2015, as tarifas devem cair cerca de 7% a partir de março. Apenas com as próximas sete térmicas que serão desligadas, seria gerado um recuo entre 3% e 4%. Já no sistema de bandeiras, haverá uma queda de R$ 3 da vermelha para R$ 1,50 na amarela.
 
Romeu Donizete Rufino, diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), afirmou que o Brasil conseguiu inverter o ciclo de alta das tarifas. “O processo tarifário em 2016 deve ser bem mais comportado que no ano passado, com reajustes bem inferiores até mesmo que a inflação”, ponderou.



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