Crise se intensifica no comando do PSB/RN!
As ex-deputadas Sandra Rosado e Larissa Rosado deverão buscar novo abrigo partidário. De acordo com informações repassadas à editoria de Política da GAZETA DO OESTE, a permanência do grupo no Partido Socialista Brasileiro, sobretudo, em função da falta de perspectiva político-eleitoral e a proximidade do processo eleitoral do próximo ano.
O assunto foi levantado pelo jornal GAZETA DO OESTE há meses atrás, inclusive ressaltando a possibilidade do deputado estadual Tomba Farias vir a assumir o comando da legenda socialista no Rio Grande do Norte.
A reportagem da GAZETA DO OESTE chegou a conversar com a secretaria de comunicação do diretório PSB que negou a possibilidade de intervenção no comando potiguar da agremiação. Ontem, a jornalista Anna Ruth Dantas comentou o assunto em seu blog, hospedado no portal do jornal natalense Tribuna do Norte. De acordo com Anna Ruth, o isolamento político da atual vice-prefeita de Natal, Wilma de Faria tem gerado dificuldades de convivência não somente por parte do comando mossoroense da legenda, mas também outras representações do Partido Socialista Brasileiro estão descontentes e cogitando a mudança partidária, caso a ex-governadora e vice-prefeita da capital do Estado se mantenha na presidência do PSB norte-rio-grandense.
A crise enfrentada na legenda socialista teve início no ano passado, com o insucesso eleitoral do PSB que perdeu a disputa pelo Senado da República, com a própria Wilma de Faria, além de perder a cadeira que ocupava na Câmara dos Deputados, ocupada pela deputada federal Sandra Rosado e reduzir de três para apenas duas cadeiras na Assembleia Legislativa, com a derrota da deputada estadual Larissa Rosado. As duas parlamentares mossoroenses lideram o bloco contrário à permanência da vice-prefeita de Natal e ex-governadora na presidência do partido no Rio Grande do Norte.
“As deputadas (Sandra e Larissa) não querem permanecer no PSB, enquanto Wilma (de Faria) estiver no exercício da presidência. Isso é um fato que já foi conversado pelo grupo e a intenção, pelo menos neste momento é procurar um novo partido”, revelou uma fonte ligada ao agrupamento político liderado pelas deputadas mossoroenses que estão entrando nas últimas semanas de mandato. “O que estamos sabendo é que alguns dirigentes partidários as convidaram, mas por enquanto esse assunto encontra-se em ‘banho-maria’, vamos dizer assim”, acrescentou a fonte.
Mesmo com o ‘desconhecimento’ do assunto por parte do comando nacional da sigla socialista, o assunto “ferve” nos bastidores. As deputadas Sandra e Larissa Rosado estão irredutíveis na intenção de se desligar do partido, caso a ex-governadora do Estado e atual vice-prefeita de Natal permaneça no exercício da função de dirigente do PSB norte-rio-grandense.
O deputado estadual Luiz Antônio “Tomba” de Farias, de acordo com informações repassadas à editoria de Política da GAZETA DO OESTE, está atuando como “bombeiro” no sentido de debelar a crise envolvendo as parlamentares mossoroenses e a vice-prefeita Wilma de Faria. O próprio Tomba Faria tem sido estimulado pelas deputadas, segundo informações, a assumir a presidência do PSB estadual. Elas condicionaram a permanência no partido. “Para nós, que fazemos parte do grupo, elas (Sandra e Larissa) manifestam um certo desconforto em permanecer no PSB enquanto Wilma (de Faria) estiver na presidência, mas é importante citar o trabalho de conciliação que está sendo feito por Tomba que sempre demonstra empenho para manter a união no PSB”, diz a fonte socialista.
Nos bastidores da crise envolvendo o PSB potiguar, fala-se em não cumprimento de acordos estabelecidos para a campanha eleitoral ocorrida no ano passado. A deputada federal Sandra Rosado e a deputada estadual Larissa Rosado nunca falaram acerca dos detalhes em relação ao assunto que culminou com a crise no partido, mas aliados das parlamentares mossoroenses chegam a dizer que além de boicotes às candidaturas de Larissa e Sandra, existem rumores de descumprimento de acordos financeiros. “Algumas pessoas que fazem parte do grupo dizem, sem a devida autorização, que Wilma não honrou compromissos financeiros na campanha até pela sua posição como dirigente estadual do partido e logicamente, responsável pela distribuição do fundo partidário entre os candidatos proporcionais. Mas, como disse, isso é dito por pessoas desautorizadas, digamos assim. Nunca ouvi da boca das deputadas qualquer coisa neste sentido. A queixa que elas têm é relacionada com a forma de Wilma de Faria conduzir o partido”, ponderou a fonte socialista.
Publicado em Gazeta do Oeste, por Blog Gazeta do Oeste.