Mesa Diretora sequencia mudanças na Assembleia.

A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte empossou o novo procurador geral da Casa, o advogado e servidor do Poder Legislativo Washington Alves de Fontes. O novo servidor do parlamento assinou termo de posse ontem pela manhã.

Ele substitui a advogada Rita das Mercês Reinaldo, investigada na operação “Dama de Espadas”, desencadeada pelo Ministério Público do Estado e que apura suposto esquema de desvio de recursos no Legislativo.

Washington é advogado, casado, tem 54 anos e é mestre pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte e pela Universidade do País Vasco, na Espanha. Na Assembleia Legislativa exerceu funções de consultor de Orçamento e Fiscalização Financeira, Assessor Técnico Legislativo, Auxiliar de Plenário e também ocupou a função de Assistente Parlamentar.

No final de semana passado, o Diário Oficial do Estado publicou a exoneração de Rita das Mercês Reinaldo da função de procuradora geral do Legislativo norte-rio-grandense. Além da exoneração, Rita das Mercês foi dispensada da comissão de Controle Interno da Assembleia Legislativa e a servidora Jandyra Alaíde Escóssia de Melo irá assumir o espaço deixado pela ex-procuradora-geral. Todos os atos foram assinados pela mesa diretora da Casa composta pelo presidente, o deputado Ezequiel Ferreira, e os deputados Gustavo Carvalho, José Adécio, Galeno Torquato, Hermano Morais, George Soares e Carlos Augusto Maia.

A operação foi deflagrada no dia 20 do mês passado e apura o suposto desvio de mais de R$ 5,5 milhões no período de 2006 a 2011 na Assembleia Legislativa. Segundo a investigação, a procuradora-geral da Casa, Rita das Mercês, se uniu a outros servidores graduados da Casa para fraudar a emissão de cheques-salário. Os principais investigados são: Rita das Mercês Reinaldo, procuradora-geral da Assembleia Legislativa; Marlúcia Maciel Ramos de Oliveira, coordenadora do Núcleo de Administração e Pagamento de Pessoal (NAPP); Rodrigo Marinho Nogueira Fernandes, servidor público da Assembleia Legislativa; José de Pádua Martins de Oliveira, funcionário público; e Oswaldo Ananias Pereira Júnior, gerente-geral da agência do Banco Santander. Ana Paula Moura foi presa sob a acusação de tentar destruir provas. Rita de Mercês foi presa no dia 20 de agosto e solta no dia 27 em decisão do desembargador Virgílio Macêdo Júnior, que deferiu liminarmente o pedido de habeas corpus.

À época, o Ministério Público informou que os cheques eram sacados, em sua maioria, pelos próprios investigados e, em alguns casos por terceiros não beneficiários, com irregularidade na cadeia de endossos ou com referência a procurações que, de acordo com as informações do Ministério Público do Rio Grande do Norte, muitas vezes inexistentes.

Publicado em Gazeta do Oeste, por Blog Gazeta do Oeste.