Procuradoria Nacional Anticorrupção é uma das propostas feitas durante campanha para eleição de novo Procurador-geral da República.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, defendeu na última segunda-feira, 3 de agosto, a intensificação do trabalho de combate à corrupção e prometeu criar uma procuradoria nacional anticorrupção se for escolhido para permanecer mais dois anos no cargo. Em debate com os outros três candidatos que disputam o comando do Ministério Público da União. O mandato atual do procurador-geral se encerra em 18 de setembro.
Procuradores vão às urnas na quarta-feira, 5 de agosto, para formar a lista tríplice que será enviada à Presidência da República, que deve indicar o nome do próximo chefe do Ministério Público. O escolhido precisará passar ainda pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e por votação secreta no Senado. A previsão é de que Janot seja o mais bem votado na lista e aprovado pelos parlamentares. No entanto, interlocutores do Planalto reconhecem a dificuldade que Janot terá para passar no Senado, diante da investigação de 13 senadores na Operação Lava Jato.
Na abertura do debate, Janot apontou propostas para o eventual segundo mandato, entre elas a criação da “nova procuradoria nacional anticorrupção”. Ele falou também em manter membros do Ministério Público no exterior para atuar na cooperação internacional.
Opositores
O subprocurador Carlos Frederico Santos, principal opositor de Janot, criticou o atual procurador-geral da República em suas considerações inicias, sem referência direta ao nome dele. Já a subprocuradora Raquel Dodge defendeu a implementação de um sistema de compliance na Procuradoria para aumentar a qualidade da atuação jurisdicional. Tido como candidato mais “alinhado” com o atual procurador-geral, o subprocurador Mario Bonsaglia disse que pretende “enfatizar a busca de eficiência” do MP na investigação criminal e ter uma instituição “mais transparente”.
Publicado em CNM, por Blog CNM.